Belo rosto, Sobre cosméticos

Batom – vida longa em uma curta biografia

No momento em que você terminar de ler este artigo, ao menos 10 mulheres ao redor do mundo terão comprado um novo batom. De acordo com as estatísticas, cada uma de nós usa mais ou menos de 2,7 a 3,6kg de batom durante toda a vida.

Mais de 90% das mulheres anda com um batom na bolsa e 9 entre 10 mulheres trata um batom como uma terapia – elas o utilizam para se sentirem bonitas e autoconfiantes. Ele foi criado 1500 anos antes da roda ter sido inventada na Mesopotâmina. Senhoras e senhores, deixe-me apresentar o velhinho mais quente do mundo – aqui está uma curta biografia de um batom.

Na Mesopotâmina (por volta de 5000 anos atrás), as mulheres usavam um pó feito de pedras moídas para pintar os lábios.

Enquanto isso, as mulheres egípcias arriscavam suas vidas todos os dias – elas colocavam nos lábios uma mistura violeta de ingredientes tóxicos – bromina e iodina.

É muito provável que Cleópatra tenha feito o pai do batom vermelho de hoje misturando cera de abelha, plantas moídas e besouros carmim.

Na Roma antiga, as mulheres de alto status social usavam uma argila chamada ocre para colorir seus lábios. Na Polônia, era um pouco mais controverso – sangue de cobra era utilizado para pintar os lábios. As amantes de lábios bonitos tinham que ter cuidado – mulheres que utilizavam “maquiagem” eram frequentemente acusadas de bruxaria e queimadas nas fogueiras.

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Na Grécia antiga, os lábios vermelhos conotavam mulheres virtuosas.

A Rainha Elizabeth I Tudor, que tinha a pele clara, simplesmente amava pintar seus lábios de uma cor vermelho intensa – era o renascimento do batom vermelho.

Na época da Revolução Francesa, o batom vermelho era o sinônimo de uma aristocracia odiada e as fãs de batom vermelho eram mortas na guilhotina.

Em 1883 em Amsterdã, o protótipo dos batons modernos foi apresentado. O vermelho especificamente foi colocado em um rolo de papel e chamado de “lápis do amor” (stylo d’amour) por criadores franceses.

Em 1900, batons já eram vendidos graças a empresa Guerlain, mas a embalagem que conhecemos hoje foi feita 23 anos depois por James Bruce Mason. Foi assim que o batom entrou nos estúdios de filmagem e fotografia. Ele conquistou Hollywood graças à forma com que ele destacava os lábios nas fotos e filmes em preto e branco. Ele se tornou um atributo inseparável de toda atriz e cantora.

Não apenas o batom vermelho fez carreira em Hollywood, mas ele também fez contribuições para a história. Em 1912, Elizabeth Arden chamou a atenção para a independência das mulheres e deu batons vermelhos a sufragistas, o que deu alguma notoriedade à sua empresa de cosméticos. Durante a Segunda Guerra, batons ganharam alguns nomes graciosos como “Vermelho Patriota” ou “Vitória” e par aa mulher americana, o batom vermelho trouxe algum conforto para os lábios que tinham saudade do marido.

Até o final da guerra – foi esse tempo que o batom teve que esperar por uma campanha de publicidade. Em 1952, a Revlon fez um slogan brilhante sobre brincar com fogo e andar em cima de gelo fino.

Os lábios vermelhos são o que traz mais publicidade e glamour para as celebridades, enquanto pintar os lábios é o único tratamento aceito atualmente para embelezamento, de acordo com a etiqueta. Acho que é hora de dar uma olhada na sua bolsa e procurar um batom…